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domingo, 18 de julho de 2010

Violência Urbana - Pesadelo Sem Fim


No post anterior afirmei meu pavor pela apuração. Tá, eu admito que me empolguei. Até é legal (dependo do assunto!), mas tem determinados momentos que vamos combinar, né?!

Bom, estava esta blogueira aqui presente, acompanhando o jogo do Fluminense pelo site do G1, quando teve a brilhante ideia de se integrar nas últimas notícias do mesmo portal e sim, quase cai para trás!

Fiquei absolutamente chocada quando percebi a quantidade de tragédias, crimes e infortúnios acontecem em nosso país e a gente acaba nem se dando conta. Na verdade, quem acompanha jornal, revistas semanais e outras fontes de informação, acaba sabendo de muita coisa, até mesmo um pouco de cada assunto, mas muitas vezes não se liga da quantidade de coisas absurdas que andam acontecendo por aí.

Mas dentre todos os assassinatos a ex-namoradas e amantes, tráfico, acidentes e nossa política cada vez menos confiável, o que mais me chamou a atenção foi o caso do Wesley Andrade, de apenas 11 anos, que foi atingido por uma bala de fuzil dentro da sala de aula do Ciep Rubens Gomes, no subúrbio do Rio, devido a uma operação de combate ao tráfico, na última sexta-feira (16/07).

Apesar de não ser mãe, imagino que não exista dor maior do que perder um filho. Porém, a dor deve ter se intensificado na mãe de Wesley. Segundo relatos de funcionários da escola, o menor estava segurando seu lápis quando foi atingido. Dá para imaginar o tamanho da dor? É, não dá! A maioria de nós não está acostumado a vivenciar este tipo de insegurança. Estamos muito mais preocupados com o novo lançamento da Apple, com aquele CD que já está disponível pra download, aquele filme que entrou em cartaz. Violência? Ah, claro! Estamos preocupados com violência. Preocupados com os assaltos, com o tráfico. Mas também não podemos esquecer, que são muitas vezes nossos amigos e até mesmo alguns de nós que financiam essa violência. Afinal, quem não “tem um amigo” que gosta de uma erva? Pois é, tenho muitos! E eles, aposto que não estão nem um pouco preocupados com quantas crianças, a “ervinha” levou. Mas, este assunto é outro e quem sabe em outro post?!

No Rio de Janeiro, estima-se que a cada dia morram pelo menos 20 pessoas vítimas da violência urbana.Você sabia? Pois é, nem eu! Neste domingo, em virtude deste dado, crianças de escolas públicas e privadas se reuniram para protestar em silêncio. O cenário do protesto é este da foto. No quadro negro ao fundo, o artigo 3º da Declaração Universal dos Direitos Humanos – "TODO SER HUMANO TEM DIREITO À VIDA, À LIBERDADE, À SEGURANÇA PESSOAL". Ao lado do quadro o professor com as mãos amarradas, significa a impotência dos profissionais do ensino em combater a violência nas escolas. Os alunos, com lágrimas pintadas de vermelho, simbolizando as 20 pessoas que morrem todos os dias por conta da violência na cidade do Rio. E por fim, a cadeira vazia, com uma cruz branca e manchada de “sangue”, para lembrar a ausência de Wesley. A manifestação foi organizada pela ONG Rio de Paz.

Pois é. E o que você faz todos os dias para mudar isso? Nada. É... infelizmente, nem eu!
Aquela velha frase que desde os primórdios se dizia: “se cada um fizer a sua parte...” agora parece ter algum sentido. Acho que está na hora de nós, que temos um mundo pela frente, podemos mudar um bom pedaço desta triste realidade.
E como diria Chico Xavier... “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.
Agora é com você! ;)

3 comentários:

  1. Tenho acompanhado o caso do menino Wesley e me surpreendo como coisas como essa ainda possam acontecer. Mas talvez meu pensamento seja errado. Não é que coisas como essa AINDA possam acontecer, porque será que essa violência gratuita existia há um século atrás? É complicado! Falar que o homem vem evoluindo e com eles os problemas chega a ser contraditório. Mas ta na hora de parar de achar que alguém tem que fazer alguma coisa e tomar uma atitude.

    Enfim, Mari, parabéns pelo post!!
    Muito legal você abordar assuntos como esse.
    Isso rende muita discussão.
    Beijão.

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  2. Nossa, Mari, chorei lendo seu post! Ouvi pouco do garoto que foi achado pela bala perdida - nem tô tendo tempo de ler direito, e o fato de só se falar do circo que já virou a morte do filho da Cissa Guimarães não ajuda muito! Mas é realmente triste que nada é feito pra melhorar a situação, que só piora. Ai ai, muita calma nessa hora...

    Beijos, querida!
    www.floresnajanela.com

    PS: depois libera os comentários pra Nome/URL?

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  3. Mto bom seu texto, coleguinha! =P

    Precisamos ter em mente essa realidade, para que não fiquemos anestesiados com o excesso de informação. É triste tudo isso...muito triste.

    bju

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